Classicismo é o nome que se dá a
literatura produzida durante a vigência do Renascimento. O interesse pela
cultura clássica já vinha ocorrendo desde o final do século XIII, na Itália,
onde escritores e intelectuais, liam e traduziam autores latinos e gregos.
Desse grupo, destacam-se Dante Alighieri, Petrarca e Boccaccio.
No século XVI, o classicismo, em
consequência com um contexto histórico de profundas transformações sociais,
econômicas, culturais e religiosas, substituiu a fé medieval pela razão, o
cristianismo pela mitologia greco-latina e pôs, acima de tudo, o homem como
centro de todas as coisas (antropocentrismo).
Diferente
do homem medieval, que se voltava essencialmente para as coisas do espírito, o
homem do século XVI se volta para a validade concreta e acredita em sua
capacidade de dominar e transformar o mundo, por isso que o classicismo não é
igual a o trovadorismo.
As
influencias da cultura Greco-latina e dos humanistas italianos, bem como a
imitação de seus modelos, não se limitara ao século XVI. Estenderam-se até o
final do século XVIII, formando uma verdadeira era clássica, introduzida pelo
classicismo e seguida pelo barroco e pelo arcadismo.
Luiz de
Camões, com o poema Os Lusíadas, deu a resposta concreta ao desejo dos
portugueses de ter uma grande obra literária que fosse capaz de registrar o
sentimento de euforia e nacionalidade que estavam experimentando porque
Portugal tinha se tornado, entre os séculos XV e XVI, um dos países mais
importantes da Europa, em virtude de seu papel de destaque no processo de
expansão marítima e comercial. Camões estava projetando a literatura portuguesa
entre as mais significativas do cenário europeu nesse momento histórico.